sexta-feira, 6 de abril de 2007

Os pais ensinam, a escola orienta e o restante do mundo agradece.


Na UnB, o 28 de março passa a ser o Dia da Igualdade Racial e de combate ao preconceito contra estrangeiros. A universidade reconheceu que o incêndio da última quarta-feira foi um ato de racismo. “A intolerância é imperdoável, é uma situação que não cabe dentro dos propósitos que tem essa instituição(Leila Chalub, coordenadora do programa contra o preconceito).

Parece que muitos acham que se resolve tudo com passeatas pela paz ou criando datas como “Dia da Igualdade Racial e de combate ao preconceito contra estrangeiros” e, ouso dizer aqui que muitos estudantes vão se perguntar: Será que nesse dia vai ter aula?
Talvez ajudasse mais se as faculdades aprendessem a usar os temas que fazem parte do nosso dia a dia nas aulas. Deveria ser obrigatório que usassem vinte minutos das aulas para discutir os assuntos que são matéria dos jornais do dia, falar do que as pessoas andam fazendo e como suas ações afetam as outras. E, ao contrário do que muitos podem pensar, isso não seria perder tempo. Perder tempo é entrar numa sala de aula e fingir que estamos numa redoma onde o que aconteceu desde que acordamos até aquele momento não nos afeta. Só ajuda a manter a educação cada vez mais distante do seu papel social e estudantes e acadêmicos estudando sem saber por que e para que.
Trabalhar o preconceito dentro das salas de aula é colaborar com um cidadão menos imbecil dentro da sociedade, mas não só o preconceito racial porque aí acabamos fazendo a tal “Política de Umbigo”, cada um defendendo o seu grupo, seja de negros, seja de gordos, seja de deficientes ou excepcionais...Aliás, outra prática muito comum aqui como forma de “melhorar” as coisas. Mudamos a forma como nos referimos as pessoas, as situações. Deficiente passa a ser excepcional (e acho que já mudou de novo), terceira idade passa a ser “melhor idade”, não há mais pretos, mas afro descendente e ainda hoje se julga a capacidade produtiva de alguém pela idade(Trinta, trinta e cinco anos), o que me faz pensar que os imbecis é que devem estar comandando o mundo...
Será por isso que continuam preservando e multiplicando tanto a espécie?

04/04/2007 Alunos seqüestram diretora de escola em Londrina (PR)
Pelo menos dois deles, com idades de 15 e 17 anos, são alunos da escola que Maria Fátima Gonçalves dirige na periferia da cidade.

E EU FICO PENSANDO:
Será que o futuro será diferente do que estamos presenciando no presente em relação às agressões físicas num setor onde se proclama o conhecimento? Talvez as escolas devessem começar o ano ensinando aos pais que respeito não é matéria para ser aprendida na escola, é lição para ser ensinada em casa.

Meus agradecimentos ao Ricardo Gaspar( ex colega de curso) pelo desenho.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Passe-Livre pra quem precisa (e merece)

Temos aqui uma daquelas circunstâncias em que, dependendo do ângulo que se olha (ou de quem olha) a situação pode ter vários braços.
Há muitas necessidades envolvidas, assim como vários interesses, mas “mudando de alho pra bugalhos”, não posso deixar de pensar no cidadão que tem de pagar transporte para ir trabalhar e que muitas vezes para estar no trabalho às 8 horas precisa sair de casa às 4 horas da manhã. Duas conduções para ir e no final do dia, depois de trabalhar 12/14/16 horas, ele tem que pegar mais duas para voltar para casa, quase sempre em pé.
Justo seria que estudantes, que tem a oportunidade de ter acesso gratuito aos ônibus, comprovassem que estão indo para a escola estudar.
Cobrar apenas do trabalhador não me parece correto, visto a grande quantidade de alunos que só vai para escola arrumar confusão ou papear.
Aliás, essa deveria ser uma causa que os estudantes poderiam abraçar: o passe livre para os trabalhadores desempregados ou que recebem um salário mínimo( talvez reivindicar pelo menos um desconto de 50% na passagem). Quem sabe os estudantes pudessem fazer uma pesquisa para encontrar formas de se chegar a um valor justo no preço de passagem e não num valor de enriquecimento das empresas.

Site de onde foi tirada a imagem e, pela data da foto, dá pra perceber que essa história não começou agora: http://uruguay.indymedia.org/news/2003/10/19030.php

segunda-feira, 26 de março de 2007

Educação pública ou privada?


Quando a gente pensa que já leu quase tudo sobre a educação, eis que o "quase" ainda contém muitas surpresas.
Ao apresentar, junto com o ministro da Educação Fernando Haddad, as linhas gerais do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) para educadores de todo o país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu que o acesso à educação cresceu no Brasil, mas que o ensino continua com baixa qualidade. "Nós estamos entre os piores do mundo", afirmou o presidente.
Dessa vez parece que o presidente acertou mesmo... Embora eu duvide que ele estivesse se referindo as situações como essa, onde alunos fazem aula dentro de um banheiro.
Com certeza esses alunos fazem jus a uma campanha que foi vinculada na mídia durante um bom tempo “Sou brasileiro e não desisto nunca”. Talvez porque, diferente de muitos alunos que tem acesso a boas escolas e faculdades públicas (com salas que se não impecáveis, pelo menos estão em condições para ensino/aprendizado), os alunos dessa foto sabem da importância de se aprender e valorizam o conhecimento... Mereciam uma valorização maior também.
Infelizmente muitos alunos e acadêmicos que tem acesso a uma educação mais digna acabam transformando suas escolas e faculdades em banca de revistas, central telefônica, salão de beleza, fofocódromo...
Só faltam colocar na porta da sala um plaquinha: WC

Site de onde foi retirada a imagem:

http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2007/03/21/295013494.asp


segunda-feira, 19 de março de 2007

S-O-L-E-T-R-A-N-D-O

“Dentro do Brasil tem todo tipo de gente, várias culturas, vários costumes, muitas influências. Mas tem uma coisa que nos une: a língua portuguesa. Por isso, estou aqui no Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, em São Paulo. Se bem que a língua portuguesa falada, em cada cantinho do Brasil tem um sotaque diferente”, diz o apresentador Luciano Huck.
“Então, o que nos une realmente? A ortografia! Por exemplo, porta pode ser falada com diferentes sotaques, mas se escreve e se soletra do mesmo jeito em todo o Brasil. Ou seja, pelo menos o português que a gente escreve é igual em todo o país. Ou não?”

"Soletrar parece fácil, né? Mas basta uma letrinha pra derrubar geral. Por isso os americanos enlouquecem: imagina soletrar com a pressão da torcida, a responsabilidade de representar um estado, uma escola?” http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,AA1373502-4005-594737-0-03122006,00.html

O Caldeirão do Hulk está promovendo esse campeonato desde o dia 03 de fevereiro. A montagem acima é do primeiro programa. Toda sábado tem uma rodada.

E vão aqui os meus parabéns ao programa pelas suas incursões na sala de aula, visto que está não é a primeira vez que o programa leva a escola para a TV. Sinal que a educação também dá ibope e que, ao contrário do que muitos pensam, não é coisa para ficar restrita a quatro paredes.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Instalação Artística na Fecilcam

Na primeira semana de aula os acadêmicos do bloco D tiveram uma surpresa. Em cada andar encontrávamos uma Instalação Artística.
Nada mais apropriado, afinal, quem disse que só das Letras se alimenta a cultura universitária? E não esqueça de clicar na foto para ampliar.

É com o corpo inteiro que percebemos o espaço, a vida, o mundo portanto (e não apenas com os olhos), pois só percebemos a medida que vivemos, o espaço dos objetos usuais ou não atualmente, também é o universo do homem, pois foi ele que o criou e o definiu como utilitários e históricos do seu domínio da natureza, são essas implicações sociais, ideológicas, tecnológicas e intelectuais, que se discute nas instalações postas em cada um dos andares do bloco D, questionando o lugar, o tempo, o pensar, a ação e a própria inserção do educar e do aprender, do transformar-se em...?, do que fica e do que passa, da poesia, da sensibilidade do ser humano...
Cícero Souza.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

DOE SANGUE!

Alguns membros do ROTARACT CLUB - Grupo de jovens que presta serviços à comunidade acadêmica- estiveram na Fecilcam no dia 14/02 falando da campanha de doação de sangue que aconteceria dia 15. Na quinta-feira muitos voluntários para fazerem à coleta e muitos acadêmicos dispostos a serem solidários. Mas como sangue nunca é demais, com certeza a turma do “quem sabe na próxima” fez falta.
Alguns calouros pensaram que fazia parte do trote da faculdade, o que não deixa de ser uma idéia para os próximos anos já que tinta, farinha de trigo e barro com certeza não impediriam a coleta.
Nada que um algodão antes da agulha não resolva.

Sempre quando ouço falar de preconceito entre brancos e negros a primeira imagem que me vem à cabeça é a do sangue.
Muito dele foi derramado durante a história, mas fosse um branco ou um negro que sangrasse o sangue sempre escoria vermelho.
Mesmo assim, há aqueles que acham que a cor externa é muito mais importante... Que o que os fazem parecer diferentes realmente os torna diferentes.
E depois o ser humano se acha muito inteligente.


terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Yes, nós falamos português!!!


Há os que dizem que o importante é ganhar e os que afirmam que o que importa é participar (tudo bem que na maioria das vezes dizem isso para consolar criança ou para amenizarem as próprias derrotas), mas confesso que durante o desfile da Mangueira não pensei se ele renderia prêmios a ela, apenas aproveitei para encher meus olhos com as formas e cores que davam vida a um tema que vejo a anos na sala de aula.
Impossível não se emocionar com a comissão de frente criada por Carlinhos de Jesus que a desenvolveu com criatividade e simplicidade capazes de envolver o telespectador e nos fazer pensar que é possível fazer a diferença com boas idéias, disposição e horas e horas de trabalho duro e apaixonado.
A comissão de frente usou placas com letras (quer item mais apropriado em se tratando da língua portuguesa?) e brincou com as palavras.
Foi simples, criativo e fizeram jus as frases do samba:
"TENHO A MAIS BELA MANEIRA DE EXPRESSAR", "ASSIM A LÍNGUA SE MODIFICOU", "MEU IDIOMA TEM O DOM DE TRANSFORMAR"...
Quem sabe se usarmos de criatividade e determinação também não conseguimos modificar a forma como alguns professores ensinam e alunos aprendem a nossa tantas vezes desvalorizada, língua portuguesa?

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Minha pátria é minha língua...






Mangueira meu grande amor.Meu samba vai ao Lácio e colhe a última flor.



Nada mais apropriado para começar esse blog do que aproveitar que a Mangueira tirou dos livros a história da nossa amada, adorada e nem sempre compreendida língua portuguesa.

Energias verde-rosa dos acadêmicos de Letras da Fecilcam para que aconteça um desfile que nos faça viajar nas imagens que apenas imaginamos nos livros

Durante o desfile, nas fantasias e carros alegóricos, a língua portuguesa vai ganhar vida, vai estar além, muito além da gramática.